terça-feira, 9 de junho de 2009

Acredito que todos conheçam o Homem Enrolão (HE). O ser desta espécie é uma versão evoluída do cafajeste, com uma pequena diferença: ele enrola porque é enrolado e funciona se enrolando - acima de tudo (assim como o caranguejo anda de lado...). Já o cafa faz moçoilas de panqueca com objetivos específicos e interesses próprios.

Hoje sou muito agradecida ao Homem Enrolão. E acho que toda mulher deveria passar por um. Antes de receber o atestado de louca, quero, sim, descrever as características comuns a essa espécie, além dos benefícios - secundários - proporcionados por essa relação:

Características:

1- Ele é uma ótima pessoa. Sociável, amigo, inteligente, interessante; se não for bonito é, no mínimo, muito charmoso; possui senso de humor, etc., e quase² todas aquelas coisas que uma mulher gosta em termos pessoais de relacionamento (aí entra a subjetividade e talvez alguns "pontos fracos" que derrubam a mulher).

2- Ele dá bola para a mulher. Aí mora o perigo. E volta e meia demonstra interesse. Interesse esse nem um pouco claro, diga-se de passagem. Na "fase aguda" nunca é possível dizer que a mulher é só um caso, ou que a relação dos dois é só amizade. É um jogo de abstração que por vezes parece até "bonito" (afinal, ele não parece vê-la apenas como uma refeição em potencial e os dois têm afinidades mil). Além disso, ele a convida para sair e não perde o contato jamais.

3- Ele possui afinidades específicas com a mulher. Ex.: ambos amam arqueologia, física quântica, dança de salão, determinado autor, etc. Pode rolar até uma admiração mútua, e a convivência é muito agradável.

4 - Ele investe momentaneamente numa possível relação abstrata - pois não é namoro, nem amizade, - e se afasta, no ritmo "um passo para frente, três para trás". Agita, agita, e, como refrigerante agitado, perde o gás rapidinho.

5 - Ele é realmente enrolado. Observe sua rotina, seu jeito de levar a vida e os comentários triviais de amigos. Sabe o "eterno indeciso"? Pois é...O irritante é que de fato seja possível que ele não faça por mal (se for o típico enrolão). E aí cabe à enrolada que se desenrole (afinal, nada é por acaso).

Querem um exemplo? Era uma vez uma Mulher Apaixonada (MA). Ela parecia estar em um de seus melhores momentos. Fez de tudo, entregou-se. Exerceu ao máximo sua criatividade. Mas morreu de ansiedade. E de dor na bunda (de esperar sentada o bofe se resolver). E de excesso de empatia. Afinal, ele (HE) era legal e também achava MA legal...Fazia questão de demonstrar isso de alguma forma, mexeu com sua auto-estima, elevando-a por momentos...e, em seguida, deixou indiretamente MA confusa e culpada por não compreendê-lo. Eles se davam "tão bem"...Muitos chutes a gol...mas só bola na trave, detalhe último esquecido diante de tanta adrenalina. E ficou nisso, a incansável espera pelo gol que nunca virá.

A história parece muito louca e certamente daria muito pano pra manga. Psicanaliticamente, então... é só pegar na teoria do narcisismo e viajar no inconsciente (farei isso!). Afinal, o HE não promete nada, mas enrola. E MA sabe disso, mas se deixa enrolar.

Independentemente disso, o que quero dizer é que agradeço ao HE por aprender a ter atitude. Criatividade. Paciência. Tolerância à frustração (essas duas últimas a gente tenta!). Flexibilidade...levar as coisas menos a sério. E, principalmente, após me sentir como uma panqueca vendida no centro a R$0,50...aprendi duas coisas fundamentais (ao menos na teoria): não adianta correr contra a maré... "Queres? Queres! Não queres? Não queres!". Vale a pena subir a montanha, mas não como Sísifo e sua pedra¹. Ah... o HE só enrola quem se deixa enrolar. A culpa não é toda dele! ;)

"Tem coisas que só o Homem Enrolão (não) faz por você"


:x


hauahuahauahau'

Beijoo pros Enroladinhos!

Um comentário:

Luane Barth disse...

Disse T-U-D-O!
:x²
De quem, é este texto?